quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Diário de Bordo - Desde el Mexico II


¿Que tal?

Acordamos cedo para irmos a Morelos, nosso primeiro show... um café da manhã com café ralo, pão com feijão bem apimentado nos despertou e Ramón chegou, instrumentos na muleira e é hora de partir, em alguns minutos conhecemos a primeira galera, uma turma da Argentina do “Canal sin Transmission”, uma breve conversa um pouco tímida ainda. Umas duas horas de viagem e chegamos à cidade de Zapata, mais um café da manhã (as refeições são bem malucas), e nos reunimos numa praça com muitas crianças e uma estátua de Emiliano. Depois fomos a uma escola secundária, desenvolver alguma atividade com as crianças, isso foi sinistro, o ambiente era bem parecido com o interior do Brasil, Morelos é uma cidade bem pobre, financeiramente falando é claro, então estávamos diante de umas 80 crianças, mexicanas não podemos esquecer disso, ensinamos uma cantiga mineira, “no meio da mata eu vi...”, e dividimos em grupos e fizemos uma levada com percussão corporal, um congo e falamos um pouco sobre nossa infinita música. Almoço. Estava fazendo uns 36ºC, e se não fosse “los sombreros” que Maria nos emprestou não ia rolar de acompanhar a marcha que rolou antes das apresentações. O negócio foi literalmente quente. Bate a noite, estávamos preparados, imprevistos breves, a correia do violão sumiu, tocar sentado? Giovanni, “El cantautor” de Costa Rica, me emprestou uma e subimos no palco, apreensivos. Tínhamos um linda platéia de umas 500 pessoas todas sentadinhas, pareciam gostar muito, mas não dançavam, um publico atento aos detalhes e que parou para ouvir nossa música, muita responsa. Ao final, muitos aplausos e um coro “otra, otra, otra”, ficamos felizes e fizemos o bis. Antes de começar o show anunciaram, “Fin de fiesta com grupo Urucum na Cara de Brasil”, (chique demais, atração principal) mas durante o show um grupo de Mariachis se apresentou nos bastidores já preparado para tocar, e subiram para fechar a noite com um suingue bem apimentado! Fim do dia, todos muito cansados, volta a casa, mais uma vez Ramón.

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