segunda-feira, 23 de junho de 2008

Vento soprou lá no peito


Foto: Milene

As cores percorriam o universo do som e nós defendíamos todos pés de Urucuns debaixo das casas pardas do interior com cheiro de café mineiro. Algumas árvores ainda pairam com tom de nostalgia em malgumas causas urbanas, debaixo de sopés verticais e correndo risco de um serem comparadas ao luxo de um quintal bem tropical, e de uma grande indignação dos vizinhos que não gostam de suas calçadas esburacadas e cheias de cisco de uma flor ou uma folha. Plantamos, não queremos atrapalhar o prédio, que gostaria de habitar mais pessoas, nem ser motivo de indignação de uma calçada. Flertamos a notas, juntamos as enxadas, extraíamos a suposta inexatidão, cumprimos os arranjos que fluem das nossas seivas. Assim passamos, vestimos, cheiramos, sopramos, tocamos,arpejamos, ventamos, rouquejamos para o URUCUM falar.

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